Clube Esportivo Aimoré
segunda-feira, junho 18, 2018
O Clube Esportivo Aimoré foi fundado no dia 26 de março de
1936 em São Leopoldo, região da grande Porto Alegre por Emílio Dietrich, Nelson
Presser, João Ignácio da Silveira, Armando Jost, Plínio Hauschild, Orlando
Haas, Alcides Cunha, Felisberto Ramos Filho, Rubem Presser, Walter Haas, Aníbal
Lopes Diniz, Djalmo Luiz da Silva e Werner Schmidt.
O primeiro nome sugerido para o clube foi Malga Foot-Ball
Clube, sendo alterado no dia da fundação para Clube Esportivo Aymoré. A
primeira sede situava-se em um prédio ao lado de um armazém pertencente a João
Ignácio da Silveira, primeiro presidente do Aimoré, no número 1.058 da Rua do
Comércio (atual Rua Dr. Hillebrand, no Bairro Rio dos Sinos).
O escudo do Clube Esportivo Aimoré, também conhecido como Índio Capilé |
O principal rival do Aimoré é o Novo Hamburgo. O clube também
cultiva uma rivalidade recente com o Sapucaiense.
Primeiro campo
O primeiro campo do Aimoré localizava-se em uma chácara de
propriedade de Henrique Bier, no atual Bairro Campina. O campo era rodeado por
eucaliptos e foi utilizado pelo clube até 1940. Posteriormente, foi adquirido um
terreno de propriedade da família Gernhardt, no Bairro Rio dos Sinos, onde foi
construído o primeiro estádio do Aimoré: a Taba Índia, que recebeu jogos do
Aimoré até 1961.
Primeiras partidas
O primeiro jogo da história do Aimoré ocorreu em 5 de abril
de 1936, derrota para o Voluntários por 3 a 1. A primeira equipe de futebol era
assim formada: Romeu Alfen; Osvaldo Oliveira e Darcy Mugica; João Sassen,
Nelson Presser e Emílio Silva; Rubem Schneider, Aníbal Lopes Diniz, Dilermando
Reis, Victor Crusius e Rubem Presser.
A primeira vitória ocorreu no dia 3 de maio, um a zero sobre
o Sport Club Lombagrandense.
Anos dourados
A década de 1950 marca o início da profissionalização do
Aimoré. Em 1953, o Internacional, através do seu presidente Ephraim Pinheiro
Cabral, convidou o Aimoré para integrar a elite do futebol gaúcho (então
chamada Divisão de Honra). Foi uma resposta ao Grêmio, que dias antes fizera o
convite ao maior rival do Aimoré da época, o Floriano (atual Novo Hamburgo). No
mesmo ano, seria realizado o primeiro "Clássico do Rio dos Sinos", em
19 de abril, com derrota do Aimoré para Floriano por 6 a 1. Geada (4 vezes),
Soligo e Martins marcaram os gols da equipe de Novo Hamburgo, enquanto Charuto
anotou o gol solitário do Aimoré.
No final de 1955, o Aimoré jogaria pela primeira vez fora do
estado, ao realizar excursão à Santa Catarina, onde perdeu apenas uma partida.
Em 1959, foi vice-campeão do Campeonato Citadino de Porto Alegre.
O clube cedeu cinco jogadores para seleção gaúcha que
conquistou o campeonato panamericano de 1960 representando o Brasil. Eram eles:
Suli, Soligo, Marino, Mengálvio (que acabou indo jogar no Santos de Pelé) e
Gilberto Andrade.
Estádio Cristo Rei
O lançamento da pedra fundamental do atual estádio do Aimoré
ocorreu em 1958. Através do empresário João Correa da Silveira, o Aimoré
conseguiu a elaboração gratuita da planta para a nova praça de esportes do
clube, feira pela empresa construtora Dietschi.
Em 1959, dirigentes do Aimoré tentaram um empréstimo de dez
milhões de cruzeiros junto à Caixa Econômica Federal, para a construção de seu
novo estádio, no Bairro Cristo Rei. Porém, ao descobrir que o empréstimo sairia
caro aos cofres do clube, os dirigentes desistiram da oferta e resolveram
arrecadar dinheiro através de campanhas entre dirigentes e associados.
No dia 26 de março de 1961, data do 25º aniversário do
Aimoré, foi inaugurado o Estádio João Correa da Silveira, popularmente
conhecido como Cristo Rei, em uma partida amistosa do clube com o
Internacional. O Aimoré venceu por 1 a 0, com gol marcado pelo centroavante
Uga, aos 44 minutos do primeiro tempo.
Ainda em 1961, o Aimoré realizou uma excursão à Argentina,
disputando oito partidas, obtendo 4 vitórias, 2 empates e 2 derrotas. Estreou
em solo argentino perdendo para o Huracán por 1 a 0. Em seguida, viajou para
Tandil, onde venceu um selecionado local por 3 a 1, gols de Toruca, Osquinha e
Bira. Empatou por 1 a 1 com o Boca Juniors no La Bombonera, com gol do
centroavante Uga.
Na sequência, perdeu para o River Plate por 2 a 0. Em San
Rafael, o Aimoré fez 3 a 0 na seleção local, com gols de Uga, Sebastião e René.
Em San Juan, contra uma seleção da cidade, vitória por 2 a 1, gols de André
Heinz e Parobé. Em nova partida com a Seleção de San Juan, o Aimoré venceu por
3 a 0 (dois gols de Uga e um de Daudt). No último jogo na Argentina, empate em
1 a 1 contra a Seleção de Mendoza. Sérgio Moacir Torres Nunes era o treinador
na excursão.
Recomeço no futebol
Após os anos 70 o Aimoré entrou em um declínio financeiro e
técnico, caindo para a segunda divisão gaúcha algumas vezes. Após a queda em
1994 o clube entrou em crise, licenciando-se do futebol profissional em 1997.
Em 2006 o Índio Capilé retornou aos campos, iniciando um processo de
reestruturação de seu departamento de futebol.
Após cair, em 2011,
para a terceira divisão do Gauchão, o Aimoré investiu forte e se sagrou campeão
da Segundona (Terceira Divisão) em 2012. Em 2013 o Índio Capilé faz história,
termina a Divisão de Acesso em 3º lugar e retorna, após duas décadas, ao
Gauchão.
O Aimoré permaneceu dois anos na Primeira Divisão do
Campeonato Gaúcho, mas em 2016, após vencer apenas uma partida, empatar quatro
e perder oito, o Índio Capilé foi rebaixado novamente para a Divisão de Acesso
do Gauchão.
O Aimoré em seu primeiro ano na Divisão de Acesso após o
rebaixamento já conseguiu garantir o retorno à elite do futebol gaúcho em 2019.
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