Chama Crioula
quarta-feira, agosto 24, 2016
A ideia do "fogo simbólico" para o Brasil, de forma
concreta, veio da Alemanha em 1936, por ocasião, dos Jogos Olímpicos de Berlim,
que inspirado nos gregos, usou a força do simbolismo da "Tocha
Olímpica" como uma maneira de unificar o povo alemão e desenvolver um
forte sentimento nacionalista. Ideia esta, usada por Getúlio Vargas
(1930-1945), "para legitimar uma Cultura Nacional".
No ano de 1947 foi criado em Porto Alegre, no Colégio Júlio
de Castilhos, um Departamento de Tradições Gaúchas, com o objetivo de resgatar,
preservar e proporcionar a revitalização das coisas tradicionais do Rio Grande
do Sul, através da história gaúcha.
Naquele momento, um grupo de jovens do colégio manifestou o
desejo de fazer, a cavalo, o acompanhamento dos restos mortais do General
Farroupilha, David Canabarro, que era transladado ao Panteão Rio-grandense no
cemitério da Santa Casa de Misericórdia.
O ato ocorreu em 5 de setembro, com oito jovens a cavalo.
Dois dias depois, três daqueles jovens (Paixão Cortes, Cyro Ferreira e Fernando
Vieira) também a cavalo retiraram uma centelha do Fogo Simbólico da Pátria, a
meia noite do dia 7, acendendo o candeeiro crioulo que foi guardado no Colégio
Júlio de Castilhos, dando origem à Chama Crioula, que simboliza o apego do
gaúcho à sua terra, o seu nativismo, seu telurismo.
A Chama Crioula traz em si o reconhecimento pela história e
pela trajetória social do gaúcho. Desde então, o acendimento e distribuição da
chama crioula se repete anualmente.
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