segunda-feira, agosto 11, 2014

Para os gaúchos existe outra definição de rodeio, enquanto o resto do Brasil chama festa do peão de rodeio country, inspirados nos rodeios norte-americanos; o rodeio crioulo mais que festa, é tradição passado de pai para filho que reforça o bairrismo do gaúcho.

            O maior rodeio crioulo do mundo é o Rodeio Internacional de Vacaria que acontece a cada dois anos que reúnem competidores de todo Brasil e da América do Sul, o rodeio de Vacaria é tão reconhecido que na Festa do Peão Boiadeiro de Barretos - SP, a maior festa do gênero na América Latina, tem um espaço para divulgação da “Copa do Mundo da Tradição”.

            No rodeio crioulo tem o tiro de laço que foi inventado em Esmeralda - RS na década de 50 que pode ser disputado individual, dupla, trio, quarteto, quinteto ou 10 laçadores que montado em um cavalo o laçador tem que laçar o boi pelo chifre; a gineteada é uma prova onde o ginete monta o cavalo, parecida com a montaria de touro da festa do peão que é que divida em três categorias: em pêlo, garupa e basto.

            O tiro de laço e a gineteada fazem parte das provas campeiras do rodeio crioulo, mas ainda tem as provas artísticas como danças tradicionais gaúchas, exemplo disso é a chula; além de concursos de trova, violão, gaita piano, gaita –ponto e declamação. Nos acampamentos dos rodeios crioulos é comum encontrar pessoas jogando truco gaudério, diferente do resto do Brasil o truco gaudério é jogado com baralho espanhol muito parecido com os trucos uruguaio e argentino.

            O rodeio crioulo vem crescendo dentro e fora do Rio Grande do Sul, como em Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e até no interior da Bahia. O povo gaúcho deve se orgulhar do rodeio crioulo porque é da nossa terra, assim como o Grêmio e o Internacional, como diz o hino rio-grandense “Sirvam nossas façanhas de modelo a toda Terra”. Viva o Rio Grande do Sul.

Mateus Rosa