República Juliana
quinta-feira, outubro 17, 2013
A Guerra dos
Farrapos aconteceu após Porto Alegre ser dominada, em 1835, por
Bento Gonçalves. No ano imediatamente posterior, os insurgentes declararam
pública e solenemente constituída a República
Rio-Grandense, cuja capital instalou-se na vila de Piratini.
Não demorou muito
para que esta revolta se estendesse pelo sul do país, chegando até Santa
Catarina, local em que foi aclamada a República
Juliana, a qual contou com a ajuda de Davi Canabarro, por terra, e Giuseppe
Garibaldi – líder
revolucionário naturalizado italiano –, por mar, transformando sua participação
no movimento em um feito heróico para a história catarinense.
Várias medidas
foram tomadas, entre elas a convocação de eleições, da qual saiu vitorioso o
coronel Joaquim Xavier Neves. Tal vitória não foi aceita pelos agitadores
gaúchos, que acabaram por nomear para seu lugar o Padre Vicente Ferreira dos
Santos Cordeiro, então derrotado nas eleições. Eles escolheram Laguna como
Capital interina da República Juliana, estabeleceram as cores verde, amarela e
branca como oficiais, e extinguiram os impostos que eram cobrados pelo comércio
do gado e da indústria campestre.
O governo imperial
revidou escolhendo o marechal Francisco José de Sousa Andréas como presidente
de Santa Catarina, homem de família ilustre e promissora carreira
militar. Governou de 1839 a 1840.
A República Juliana
foi considerada um braço da Revolução Farroupilha e ficou conhecida
historicamente como um estado que pertenceu à Santa Catarina, oficializou-se a
24 de julho de 1839 – advindo daí o nome “Juliana” – e findou-se em 15 de
novembro de 1839, durante um ataque violento a Laguna, durante o qual os seus
inimigos fizeram uso não só da marinha como também da cavalaria e da infantaria
para derrotá-los.
O resultado foi o
total aniquilamento da esquadra farroupilha, a reconquista de Lagunas e a
matança de todos os chefes
da marinha rio-grandense, com exceção, é claro, de Garibaldi e Davi Canabarro,
que conseguiram fugir.
Garibaldi veio para
o Brasil com o único objetivo de contribuir na luta dos farrapos, conheceu
Anita Garibaldi, com quem se casou, e ganhou uma ferrenha companheira de luta
contra o império, sendo ambos venerados como heróis catarinenses até os dias de
hoje.
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